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Contratos de família e o caso Susana Werner e Júlio César

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A separação de Susana Werner e Júlio César, embora não tenhamos detalhes específicos, serve como um lembrete crucial da importância do planejamento matrimonial financeiro por meio dos contratos de família.

Muitas mulheres, ao longo de suas vidas, enfrentam o dilema de abandonar suas carreiras para seguir os sonhos de seus parceiros ou se dedicar à família. Mas, quanto vale um currículo em branco de uma mulher que fez tais sacrifícios?

O Custo do Apagão Profissional

A decisão de se dedicar exclusivamente ao lar e aos filhos ou de seguir os sonhos do companheiro, abandonando sua carreira, pode levar a um “apagão” no currículo profissional de uma mulher, uma realidade que muitas vezes se torna um desafio em caso de divórcio. O que inicialmente é uma escolha conjunta do casal, muitas vezes é “esquecido” e dado como uma decisão unilateral da mulher na hora da separação. Para mitigar esses efeitos, é possível abordar essa questão em um contrato de família.

Um contrato de família pode incluir cláusulas que reconhecem e compensam o tempo dedicado ao lar e aos filhos.

A Solução dos Contratos de Família

Aqui entra a importância dos contratos de família. Esses acordos, como cláusulas pré-nupciais personalizadas, podem oferecer uma segurança maior do que o próprio regime de comunhão parcial de bens. Eles permitem que ambos os parceiros protejam seus interesses e carreiras, considerando mudanças significativas como a mudança de país ou a decisão de um dos parceiros de abandonar a carreira profissional.

Aqui estão alguns exemplos de como isso pode ser feito:

  1. Cláusula de Compensação Financeira: Pode-se estabelecer uma cláusula que preveja uma compensação financeira para o cônjuge que se dedicou ao lar. Essa compensação pode ser um valor fixo ou uma porcentagem dos ganhos do outro cônjuge durante o período de inatividade profissional.
  2. Participação em Investimentos e Patrimônio: Outra opção é garantir que o cônjuge que se dedicou ao lar tenha uma participação nos investimentos e no patrimônio acumulado durante o casamento, reconhecendo sua contribuição indireta para o crescimento financeiro da família.
  3. Fundo de Educação e Recolocação Profissional: O contrato pode prever a criação de um fundo destinado à educação e recolocação profissional do cônjuge que se dedicou ao lar, cobrindo custos com cursos de atualização, graduação ou pós-graduação.
  4. Seguro de Vida ou Previdência Privada: Pode-se estabelecer que o cônjuge que se dedicou ao lar seja beneficiário de um seguro de vida ou de uma previdência privada, garantindo segurança financeira em longo prazo.
  5. Acordo de Manutenção Pós-Divórcio: O contrato pode incluir um acordo de manutenção (pensão) pós-divórcio, que considere o tempo dedicado ao lar e a necessidade de adaptação a uma nova realidade profissional.

É importante que o contrato de família seja personalizado e feito com um profissional com experiência na área para refletir a realidade e as necessidades específicas de cada casal. A comunicação aberta e a negociação justa são fundamentais para garantir que ambos os parceiros se sintam protegidos e respeitados.

Formalizando Acordos Verbais

Muitos casais fazem acordos verbais sobre essas questões, mas a formalização desses acordos é crucial. Um contrato formal pode registrar tipos de compensações, bonificações ou indenizações que a esposa (ou o marido, em alguns casos) receberá por ter abandonado sua carreira. Isso garante que ambos os parceiros estejam protegidos e que suas contribuições sejam reconhecidas.

Prevenção de Disputas Litigiosas

Divórcios litigiosos muitas vezes ocorrem por falta de clareza nos acordos feitos durante o namoro ou noivado. Por isso, é essencial que o casal converse abertamente sobre suas expectativas e necessidades, formalizando esses acordos para evitar mal-entendidos futuros.

O período para essas conversas é antes do casamento, na hora de definirem o melhor regime de bens para o casal e quais serão os acordos que irão reger o relacionamento.

Flexibilidade e Adaptação: A Dinâmica dos Contratos Matrimoniais

Um ponto crucial a ser destacado é a flexibilidade dos contratos matrimoniais. Se por acaso você esquecer de incluir uma informação importante no pacto antenupcial, não se preocupe – é possível fazer ajustes mesmo após o casamento. Seja para revogar um acordo anterior, modificar cláusulas existentes ou criar novas questões, os contratos durante o casamento oferecem essa possibilidade.

Acompanhando o Amadurecimento da Relação

É importante lembrar que os acordos feitos antes do casamento não são imutáveis. O casamento é uma jornada dinâmica, que deve acompanhar o amadurecimento e as mudanças na relação do casal. À medida que a vida evolui, com novos desafios e oportunidades, os acordos matrimoniais podem e devem ser revisados para refletir a realidade atual do casal.

Avaliando Soluções Personalizadas

Cada casal é único, e as soluções para suas necessidades específicas devem ser avaliadas individualmente. É essencial buscar a orientação de um profissional especializado em direito de família para discutir as melhores opções e garantir que os acordos sejam justos e adequados para ambos os parceiros.

Conclusão

O caso de Susana Werner e Júlio César, embora não detalhado, ressalta a importância de pensar no casamento também como um contrato – um espaço de acordo e proteção mútua. É fundamental que os casais considerem a formalização de seus acordos, garantindo que ambos estejam seguros e que suas escolhas sejam respeitadas, independentemente do que o futuro possa reservar.

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