Será que é possível um divórcio sem brigas? O término de um casamento ou união estável não precisa, necessariamente, vir acompanhado de brigas, discussões e sofrimento.
Embora seja totalmente compreensível a dor num momento como esse, onde sonhos, expectativas e planos foram dissolvidos, o divórcio faz parte da vida e é preciso ter muita maturidade para compreender que nem tudo que a gente planeja (especialmente numa vida conjunta) vai dar certo e se concretizar.
Em geral, a comunicação entre o casal no fim do relacionamento não está boa, muitos sentimentos estão envolvidos, e muitas decisões importantes precisam ser tomadas em conjunto. Quando não se consegue tomar essas decisões de forma satisfatória para ambos, conflitos aparecem. E muitas vezes o desgaste gerado por estes conflitos é enorme.
Quando o casal consegue deixar um pouco da dor e sofrimento de lado e entende os benefícios de chegar em um acordo no divórcio, a solução é obtida com menos dificuldade e sem brigas.
Especialmente quando o casal tem filhos, onde eles terão que se adaptar a um novo modelo de convivência, muito diferente do anterior, é importante que pensem num consenso para que as brigas não afetem essa criança de alguma forma.
Divórcio consensual ou amigável
Não há divórcio sem sofrimento, mas a separação não precisa ser algo destrutivo.
Ninguém conta com o divórcio no começo de um relacionamento e geralmente, o divórcio sempre vem acompanhado de um processo doloroso. Ninguém busca terminar o casamento porque brigou ontem ou só teve uma briga. Geralmente, quando o casal toma essa decisão, a relação já está desgastada há tempos.
Se a separação é inevitável, o casal deve tentar sentar à mesa e entrar em acordo sobre os pontos importantes, como a divisão de bens, a pensão ao cônjuge que eventualmente tenha deixado de trabalhar fora e se tornou economicamente dependente e a pensão alimentícia, se existirem filhos. Dessa forma, é possível construir um divórcio amigável e sem brigas.
As vantagens de um acordo são várias: é rápido, bem menos desgastante e evita que o patrimônio do casal seja “queimado” por uma briga na Justiça. O problema é que, geralmente, se as duas partes estivessem em emocionalmente em condições de entrar em um acordo, não estariam se divorciando. E o divórcio exige entendimento.
Quando o entendimento não existir, é possível passar por esse processo com um mínimo de desgaste com o auxílio de um mediador, por exemplo.
Contando com o auxílio da mediação
Um dos principais motivos do divórcio é a falta de entendimento. Por não conseguirem se comunicar, nem se entender, os dois podem se sentir mal compreendidos. Mas o que pouca gente sabe é que o processo de divórcio exige muito entendimento.
Muitas decisões importantes precisam ser tomadas:
- Com quem os filhos irão morar?
- Como será a convivência do outro genitor?
- Quem vai ficar com que bens que foram construídos ao longo do casamento?
- Quem vai pagar a escola? E o plano de saúde? E o aluguel?
Entre tantas outras decisões…
Quando não for possível chegar num acordo sozinho, a mediação pode ajudar.
O papel do mediador é viabilizar a comunicação e promover o entendimento dos dois para evitar um desgaste maior. Em resumo, o mediador vai ajudar os dois a discutirem e acordarem como se divorciar.
Mesmo que inicialmente eles não queiram conversar diretamente, o mediador pode ser a ponte entre eles, tornando a comunicação clara e construtiva. Acreditem, é possível chegar num acordo. Ainda que o casal já tenha advogados, a mediação irá facilitar a conversa entre eles.
Na mediação, os advogados prestam um papel muito importante de esclarecer a lei e a mostrar os direitos de cada um, mostrando os benefícios daquela decisão e ajudando significativamente a melhorar o processo de escolhas e decisões.
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